forever young.


" - Rubores, duquesa, são sempre bem-vindos. - observou lorde Henry.
- Quando se é jovem, sim. Sempre que uma senhora, como eu, enrubesce, é muito mau sinal. Ah, lorde Henry, como eu gostaria que o senhor me ensinasse a ser jovem novamente.
Por um momento, lorde Henry pensou. Depois, olhou pra ela, do outro lado da mesa.
- A senhora, duquesa, seria capaz de se lembrar de algum grande erro que tivesse cometido em tenra idade?
- De muitos, receio.
- Então, cometa-os de novo - ensinou lorde Henry, sério. - Para se recuperar a juventude, basta fazer as mesmas loucuras.
- Uma teoria deliciosa. Tentarei colocá-la em prática.
- Uma teoria perigosa. - escapou dos lábios contraídos de sir Thomas. "
O Retrato de Dorian Gray
[a-man-do]
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Do outro lado da tarde.

"Sim, deve ter havido uma primeira vez, embora eu não lembre dela, assim como não lembro das outras vezes, também primeiras, logo depois dessa em que nos encontramos completamente despreparados para esse encontro. E digo despreparados porque sei que você não me esperava, da mesma forma como eu não esperava você. Certamente houve, porque tenho a vaga lembrança - e todas as lembranças são vagas, agora -, houve um tempo em que não nos conhecíamos, e esse tempo em que passávamos desconhecidos e insuspeitados um pelo outro, esse tempo sem você eu lembro. Depois, aquela primeira vez e logo após outras e mais outras, tudo nos conduzindo apenas para aquele momento.

Às vezes me espanto e me pergunto como pudemos a tal ponto mergulhar naquilo que estava acontecendo, sem a menor tentativa de resistência. Não porque aquilo fosse terrível, ou porque nos marcasse profundamente ou nos dilacerasse - e talvez tenha sido terrível, sim, é possível, talvez tenha nos marcado profundamente ou nos dilacerado - a verdade é que ainda hesito em dar um nome àquilo que ficou, depois de tudo. Porque alguma coisa ficou. E foi essa coisa que me levou há pouco até a janela onde percebi que chovia e, difusamente, através das gotas de chuva, fiquei vendo uma roda-gigante. Absurdamente. Uma roda-gigante. Porque não se vive mais em lugares onde existam rodas-gigantes. Porque também as rodas-gigantes talvez nem existam mais. Mas foram essas duas coisas - a chuva e a roda-gigante -, foram essas duas coisas que de repente fizeram com que algum mecanismo se desarticulasse dentro de mim para que eu não conseguisse ultrapassar aquele momento.

De repente, eu não consegui ir adiante. E precisava: sempre se precisa ir além de qualquer palavra ou de qualquer gesto. Mas de repente não havia depois: eu estava parado à beira da janela enquanto lembranças obscuras começavam a se desenrolar. Era dessas lembranças que eu queria te dizer. Tentei organizá-las, imaginando que construindo uma organização conseguisse, de certa forma, amenizar o que acontecia, e que eu não sabia se terminaria amargamente - tentei organizá-las para evitar o amargo, digamos assim. Então tentei dar uma ordem cronológica aos fatos: primeiro, quando e como nos conhecemos - logo a seguir, a maneira como esse conhecimento se desenrolou até chegar no ponto em que eu queria, e que era o fim, embora até hoje eu me pergunte se foi realmente um fim. Mas não consegui. Não era possível organizar aqueles fatos, assim como não era possível evitar por mais tempo uma onda que crescia, barrando todos os outros gestos e todos os outros pensamentos.

Durante todo o tempo em que pensei, sabia apenas que você vinha todas as tardes, antes. Era tão natural você vir que eu nem sequer esperava ou construía pequenas surpresas para te receber. Não construía nada - sabia o tempo todo disso -, assim como sabia que você vinha completamente em branco para qualquer palavra que fosse dita ou qualquer ato que fosse feito. E muitas vezes, nada era dito ou feito, e nós não nos frustrávamos porque não esperávamos mesmo, realmente, nada. Disso eu sabia o tempo todo.

E era sempre de tarde quando nos encontrávamos. Até aquela vez que fomos ao parque de diversões, e também disso eu lembro difusamente. O pensamento só começa a tornar-se claro quando subimos na roda-gigante: desde a infância que não andávamos de roda-gigante. Tanto tempo, suponho, que chegamos a comprar pipocas ou coisas assim. Éramos só nós depois na roda gigante. Você tinha medo: quando chegávamos lá em cima, você tinha um medo engraçado e subitamente agarrava meu braço como se eu não estivesse tão desamparado quanto você. Conversávamos pouco, ou não conversávamos nada - pelo menos antes disso nenhuma frase minha ou sua ficou: bastavam coisas assim como o seu medo ou o meu medo, o meu braço ou o seu braço. Coisas assim.

Foi então que, bem lá em cima, a roda-gigante parou. Havia uma porção de luzes que de repente se apagaram - e a roda-gigante parou. Ouvimos lá de baixo uma voz dizer que as luzes tinham apagado. Esperamos. Acho que comemos pipocas enquanto esperamos. Mas de repente começou a chover: lembro que seu cabelo ficou todo molhado, e as gotas escorriam pelo seu rosto exatamente como se você chorasse. Você jogou fora as pipocas e ficamos lá em cima: o seu cabelo molhado, a chuva fina, as luzes apagadas.Não sei se chegamos a nos abraçar, mas sei que falamos. Não havia nada para fazer lá em cima, a não ser falar. E nós tínhamos tão pouca experiência disso que falamos e falamos durante muito e muito tempo, e entre inúmeras coisas sem importância você disse que me amava, ou eu disse que te amava - ou talvez os dois tivéssemos dito, da mesma forma como falamos da chuva e de outras coisas pequenas, bobas, insiginificantes. Porque nada modificaria os nossos roteiros. Talvez você tenha me chamado de fatalista, porque eu disse todas as coisas, assim como acredito que você tenha dito todas as coisas - ou pelo menos as que tínhamos no momento.

Depois de não sei quanto tempo, as luzes se acenderam, a roda-gigante concluiu a volta e um homem abriu um portãozinho de ferro para que saíssemos. Lembro tão bem, e é tão fácil lembrar: a mão do homem abrindo o portãozinho de ferro para que nós saíssemos. Depois eu vi o seu cabelo molhado, e ao mesmo tempo você viu o meu cabelo molhado, e ao mesmo tempo ainda dissemos um para o outro que precisávamos ter muito cuidado com cabelos molhados, e pensamos vagamente em secá-los, mas continuava a chover. Estávamos tão molhados que era absurdo pensar em sairmos da chuva. Às vezes, penso se não cheguei a estender uma das mãos para afastar o cabelo molhado da sua testa, mas depois acho que não cheguei a fazer nenhum movimento, embora talvez tenha pensado.Não consigo ver mais que isso: essa é a lembrança. Além dela, nós conversamos durante muito tempo na chuva, até que ela parasse, e quando ela parou, você foi embora.

Além disso, não consigo lembrar mais nada, embora tente desesperadamente acrescentar mais um detalhe, mas sei perfeitamente quando uma lembrança começa a deixar de ser uma lembrança para se tornar uma imaginação. Talvez se eu contasse a alguém acrescentasse ou valorizasse algum detalhe, assim como quem escreve uma história e procura ser interessante - seria bonito dizer, por exemplo, que eu sequei lentamente seus cabelos. Ou que as ruas e as árvores ficaram novas, lavadas depois da chuva. Mas não direi nada a ninguém. E quando penso, não consigo pensar construidamente, acho que ninguém consegue. Mas nada disso tem nenhuma importância, o que eu queria te dizer é que chegando na janela, há pouco, vi a chuva caindo e, atrás da chuva, difusamente, uma roda-gigante. E que então pensei numas tardes em que você sempre vinha, e numa tarde em especial, não sei quanto tempo faz, e que depois de pensar nessa tarde e nessa chuva e nessa roda-gigante, uma frase ficou rodando nítida e quase dura no meu pensamento. Qualquer coisa assim: depois daquela nossa conversa - depois daquela nossa conversa na chuva, você nunca mais me procurou."

Caio Fernando Abreu.

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this scene is dead.

[thebestgift]


- hahaha, achei uma música que eu não consigo parar de ouvir :/
precisava muito escrever..
eu não tenho certeza se eu consigo me expressar escrevendo e nem sei se eu escrevo muito mal e tudo isso é besteira, mas melhora as coisas..
eu descobri que eu sou uma menina muito confusa e iludida..
eu sou confusa porque eu nunca consigo me decidir, mesmo depois de pensar tanto, eu nunca consigo me decidir e minhas dúvidas continuam comigo e eu não faço a menor ideia como acabar com elas..
iludida porque eu acho que se eu não me decidir, eu talvez consigo ter tudo que eu quero mas se é difícil ter uma coisa que a gente quer, imagina todas..
eu confusa porque eu penso, penso, penso, não chego a conclusão nenhuma, não descubro o que eu quero..
na vdd, eu sei sim o que eu quero, eu sei exatamente o tipo de vida que eu queria ter mas tudo o que eu quero me ensinaram que não posso ter e eu não tenho segundas opções..
pode parecer meio clichê mas eu espero um final feliz de todas as coisas que me fazem sofrer e espero o final feliz de mim mesma com todas as minhas confusões..
ouvi hoje que não importa entender os homens e sim se adaptar às situações..
e quem se adapta às minhas situações?
e será que se eu me adaptar, vai dar certo dessa vez ou nunca foi feito pra funcionar e eu que fiz a escolha errada?
tá tudo errado assim..


...você me avisar, me ensinar, falar do que foi pra você não vai me livrar de viver ♪
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pfx.


...não ligue pra essas caras tristes fingindo que a gente não existe ♪

- hahaha, queria falar um moooonte de coisa e de como eu fico surpresa com a vida mas já tá dando meu horário :/

só tô com saudade de tanta coisa.

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as soon as i can.

- quero postar mas não consigo :/
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geo *-*


- sabe quando você percebe que está se apaixonando?
pois é..
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happy birthday. (?)


- demorou mas chegou..
ô inferninho de dia ontem!
mas eu ganhei um chocolate de alguém que eu nunca achei que fosse me dar nada, fui confraternizar no vão da geo e ri muito.
sei lá, tá ruim pra todo mundo e tá bom ao mesmo tempo, né?
só queria que os meus dias de aniversário fossem menos pior, só isso!
(:
confusa com um monte de coisa e por mais que eu pense, não consigo me resolver :/
[parabénspramim]


...why don't you tell me what you're trying to tell me? i'm sick of breaking all these plans ♪
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saudade.


Narrator: When people think you're dying, they really, really listen to you, instead of just...
Marla Singer: - instead of just waiting for their turn to speak?



- filmesfilmesfilmes.
quero assistir um monte e tenho certeza que não vai dar tempo :/
hoje eu tava vendo umas fotos antigas [3 anos é tanto tempo] e eu senti saudade dos momentos, das pessoas, da época, de mim..
eu sinto saudade porque eu sei que não aproveitei o suficiente, não senti o suficiente, não demonstrei o suficiente, não valorizei o suficiente..
eu sinto falta da época que faziam questão de me chamarem de criança e eu batia o pé falando que não, da época que eu achava que nós éramos as mais legais e éramos tão bobas, da época que eu não queria aceitar mas sabia e gostava de ser criança..
saudade de quando eu me dava bem com pessoas que hoje eu já nem falo mais..
saudade da época que eu pensava em demonstrar mais que eu gostava da pessoa e que cada momento era importante e eu nunca demonstrei..
saudade até das coisas ruins que eram boas...
saudade dos que me fizeram sofrer, dos que me fizeram feliz..
não que eu não esteja feliz agora mas a gente nunca sabe qual é a melhor hora da nossa vida..
a gente nunca sabe de nada..



...tonight i'm gonna rest my chemistry ♪
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GaGa.


[perfect]
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thursday.

...Só falta te querer
Te ganhar e te perder
Falta eu acordar
Ser gente grande pra poder chorar
Me dá um beijo, então
Aperta minha mão
Tolice é viver a vida assim sem aventura
Deixa ser pelo coração
Se é loucura então melhor não ter razão ♪




[loucadevontadedelulusantos]
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justforget.


Joel: I can't remember anything without you.
Clementine: That's sweet, but try.
[itried
tôcansadaquerodormireconfusa]
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..cause we were never in love.


how do I say I'm sorry cause the word is never gonna come out now?
l-o-v-e's just another word I never learned to pronounce. ♪
[veeeeeeelha]
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sunset.


...ô vento, vê se me sopra alguma coisa que o destino gosta
veeeento, vê se coloca uma nuvem de sorte em cima de mim ♪
[tôfudidaeacabada]
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perfect movie.

Ruth: You're just a bee charmer, Idgie Threadgoode. That's what you are, a bee charmer.
- ontem foi o primeiro dia de aula.
e foi legal. (y)
agora não tem mais nada pra fazer no trampo e eu vejo milhares de coisas na internet que eu quero e não posso comprar.
ultimamente tenho confundido algumas coisas e parece que eu nem faço questão de repensar, aliás, não faço questão de fazer nada, ando numa preguiça.
mesmo as pessoas brigando comigo sobre o meu entusiasmo com as aulas e coisas do tipo, eu tô feliz sim, tá, gente?
eu tô feliz em ir pra faculdade, só fico cansada..
eu sempre tô cansada.
tô cansada de um monte de gente também..
cansada de palhaçadinhas, de putariazinhas..
só queria que me deixassem em paz, me deixassem sozinha.
enfim, o importante é que eu estou feliz comigo mesma pelas coisas que estão acontecendo e chateada pelas as que não acontecem.
..so kiss me before it all gets complicated ♪
[beeeeeeeeeeeijo, richard :D]
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